terça-feira, dezembro 3, 2024
Gestão

Transporte Terrestre de Filhotes

Como já falamos, a venda à distância é uma realidade para muitos criadores pelo Brasil. Além do Transporte Aéreo, que já falamos, houve um crescimento e profissionalização do Transporte Terrestre de Filhotes no país.

Neste artigo iremos falar sobre algumas vantagens e risco que esse tipo de transporte possui

Histórico

Desde sempre o criador precisou transportar seus filhotes e animais pelo país para atender aos clientes ou mesmo para buscar novos animais. Entretanto, de poucos anos para cá, surgiram empresas e pessoas especializadas nessa atividades.

Alguns handlers (apresentadores de cães) geralmente eram pessoas que, de acordo com a sua agenda de exposições, transportavam filhotes de criadores. Mas esse transporte era quase uma carona, pois, embora fosse cobrado, não era o objetivo principal do handler. Assim como não haviam rotas mais longas.

Recentemente as companhias aérea impuseram uma série de restrições e exigências para transportar os filhotes, tornando o processo mais burocrático e caro. Além do mais, algumas chegaram a proibir o transporte de algumas raças.

Essa dificuldade fomentou um novo ramo, ainda pequeno no Brasil, mas que vem crescendo, que é o transporte terrestre de filhotes profissional.

Vantagens do Transporte Terrestre de Filhotes

Uma vantagem do transporte terrestre de filhotes é que ele costuma ser mais abrangente em termos de coleta e entrega. É possível combinar com o transportador trabalhar porta a porta. Ou seja, ele busca o filhote com o criador e entrega direto ao cliente, onde quer que estejam.

Outra vantagem é que ele é transportado por alguém que é especializado nesse tipo de transporte, logo, sabe como lidar com filhotes, conhece as necessidades, etc. É alguém que precisa que tudo ocorra bem para que o filhote chegue bem e saudável.

Além disso, dependendo da rota pesquisada, é possível ter opções de prestadores de serviço, pois é cada vez mais comum esse tipo de serviço.

Uma última vantagem de destaque é a flexibilidade. Por exemplo, um transporte dentro de um estado, que dificilmente seria feito por avião, pode ser feito de forma terrestre.

Riscos

Bem, embora existam muitos riscos, todos eles podem ser avaliados e mitigados. Vamos a eles.

1) Condições de Transporte

Embora muitos transportadores possuam veículos próprios e adaptados, é muito importante que o criador conheça as condições do veículo. Se é climatizando, se a documentação está em dia, se a quantidade de cães está adequado, se eles vão com conforto, etc.

Já houveram casos em que os animais contraíram ectoparasitas durante o transporte. Pois as condições do transporte eram precárias. Os filhotes iam amontoados. Por isso é fundamentar ver as condições do veículo quando o filhote deixar o local.

2) Seguro

No transporte aéreo de filhotes, caso ocorra algum problema, existe um seguro que poderá cobrir eventuais problemas. Mesmo que nem sempre seja fácil obter alguma indenização, no caso do transporte terrestre de filhotes, não há seguro envolvido, além de um eventual seguro do veículo. Sem contar que deveria ser um seguro adequado para a atividade de transporte. Logo, em caso de problemas, o criador poderia ficar sem nenhuma forma de ressarcimento.

3) Documentação

A documentação do transporte deve estar adequada também. Caso o transportador seja parado em fiscalizações inter-estaduais, ele terá a documentação do transporte? Ou poderá ser retido? Todos os filhotes estarão com carteira de vacinação e atestados de saúde?
Existe uma documentação de recepção do animal e de entrega do animal?
Não é incomum que o transportador não tenha nenhum documento para o cliente assinar que o filhote foi entregue, no máximo uma foto.
Em caso de problemas, o ideal é que tenha uma assinatura do cliente e que o transportador seja rígido com o destinatário. Não entregando o filhote para outra pessoa que não seja o que o criador determinou.

Rotas

Alguns transportadores comunicam as rotas que irão fazer, por exemplo: saindo de Porto Alegre com destino a São Paulo. Logo, qualquer criador próximo à essa rota poderia solicitar o serviço.
Em alguns casos o transportador faz a rota devido à uma necessidade de algum cliente em especial.
Geralmente é necessário ficar atento às rotas com antecedência, pois, ao contrário do transporte aéreo, ainda não há transportador terrestre indo todo o dia para um determinado destino.

Conclusão

O transporte terrestre de filhotes é um segmento que está crescendo muito e tende a continuar esse crescimento nos próximo anos.
Ter bons contatos de transportadores pode ser uma grande vantagem para o criador que deseja atuar em mercados cuja a logística é mais complexa.
Mas não se esqueça de ficar muito atento aos riscos envolvidos para que o transporte não seja uma fonte de dor de cabeça.
Tendo os cuidados necessário, o mercado se expande bastante e o transporte pode ser feito com muito conforto e qualidade para o filhote.

Eduardo Antunes

CEO do SistemaPET, Criador desde 1997. Bacharel de TI pela UFPEL 1998. Especialista em Marketing Digital.