Aposentadoria Animal
Grandes Plantéis
Criadores geralmente possuem um número de animais significativo. Se a raça for pequena, não é incomum os plantéis serem formados por mais de 10 ou 20 animais.
A gestão desses animais é feita de várias formas, mas geralmente o criador monitora recorrentemente a saúde dos animais e interage com eles sempre que possível.
Entretanto, para a maioria dos criadores, manter todas as atividades em dia e ainda conseguir interagir como se fosse um proprietário de um único animal com cada um de seus cães ou gatos é praticamente impossível.
Quando o plantel é inferior a 10 animais, o nível de interação pode aumentar significativamente. Entrento se forem animais de grande porte, já fica mais difícil mantê-los juntos o tempo todo.
Embora geralmente, mesmo com um número grande de animais, o criador sabe, só de olhar se eles estão bem ou não.
Expectativa de Vida
Animais de pequeno porte tendem a terem vidas acima de 15 anos. Quanto maior o porte do animal, menor tende a ser a expectativa de vida, sendo que nos animais gigantes tem a média de vida um pouco acima de 10 anos.
A idade reprodutiva tanto de cães quanto de gatos, quando estão bem, não passa de 8 anos e se inicia próximo aos 2 anos. Portanto, na melhor das hipóteses, um animal tem 7 anos de idade reprodutiva. Quando há cesárias envolvidas, esse tempo pode ser reduzido para 4 anos no máximo.
No caso de animais de grande porte, a maior parte da vida deles está no período reprodutivo. Já nos animais de pequeno porte, é o inverso.
Opção para Aposentadoria
A vida de um animal após o período de reprodução pode ser longa e saudável. Algumas raças continuam ativas e interativas por um tempo significativo e só no final da vida é que as características da idade avançada se instalam.
Uma opção que muitos criadores utilizam é a doação dos animais após o período de reprodução estar concluído. Essa doação pode ser feito para familiares, amigos ou pessoas que são selecionadas por um rigoroso processo de seleção.
Para o animal, é muito melhor ser o único ou participar de um pequeno grupo sendo cuidado por uma família do que ser um animal de um grande plantel. Geralmente eles se adaptam aos novos lares em muito pouco tempo.
Cabe ao criador, se adotar esse processo, ter certeza que o cuidador do animal tenha todas as condições financeiras, de tempo e conhecimento para cuidá-lo.
Para os animais cuja média de vida não é muito maior que a idade reprodutiva, geralmente os criadores ficam com eles até o o final da vida. Primeiro porque geralmente são animais de tamanho maior e, segundo, por são animais que sentem a idade mais cedo. Logo, uma doação deles pode ser mais difícil para todos, o criador, o animal e um eventual cuidador.
Impactos
Além da possibilidade de uma qualidade de vida muito melhor para o animal. O criador também poderá impactar profundamente a sua gestão de custo, uma vez que um período de grandes gastos é a velhice.
Se o criador não tiver se preparado para essa etapa da vida do animal é nesse momento em que os custos aumentam significativamente, pois para manter um animal idoso, será necessário mais um cão em idade reprodutiva para pagar as contas do cão idoso. Isso acaba gerando uma espiral que só aumntará os custos e colocará o animal em risco.
O ser humano, de uma forma geral, tem alguma resistência quanto a essa decisão. Alguns criticam que o criador está “jogando fora” o animal e que agora ele não serve mais. É exatamente o oposto. Se o criador puder encontrar um lar em que o animal terá uma qualidade melhor, porque não pensar no próprio animal e procurar um bom lar.
Claro que se o criador estiver preparado para essa fase da vida, poderá continuar com o animal em seu plantel, agora curtindo a aposentadoria. Mas caberá a cada criador havaliar os prós e contras de cada decisão.
Geralmente o último custo seja a castração do animal antes da ida para um novo lar. Dessa forma, evita-se uma série de problemas e não se corre o risco do animal ainda ser utilizado para uma nova reprodução.
Conclusão
A decisão do que fazer para cada animal deve ser tomada com muito cuidado. Geralmente a análise deve ser feita animal a animal e de acordo com os candidatos que surgem.
Geralmente o processo de adoção por parte do criador é muito mais rigoroso que o processo de venda. Logo, o novo proprietário não poderá achar que a doação significa menos responsabilidade. Não é incomum que seja obrigatório o envio regular de atestados de saúde, comprovantes de vacinação, etc para o criador.
Essa ação é muito menos comum nos criadores de animais de guarda ou de grade porte.
O importante é ter em mente qual será a melhor decisão pensando na qualidade de vida do animal. A doação pode ser uma opção muito melhor. Mas cada caso é um caso. Reflita bem!